A Petrobras, principal empresa estatal de petróleo do Brasil, enfrenta uma nova situação no mercado de combustíveis. A gasolina, que foi vendida acima do Preço de Paridade de Importação (PPI) durante grande parte de novembro, agora mostra uma defasagem, sendo comercializada em refinarias com um valor 2,82% inferior ao mercado internacional. Por outro lado, o gasóleo continua com o seu preço acima das cotações internacionais, marcando uma diferença de 5,35%.
Essa mudança ocorre em um contexto onde os preços internacionais dos combustíveis têm visto um aumento, apesar de uma estabilidade relativa nas cotações do petróleo, girando em torno de US$ 80. A Petrobras, que tinha elevados os preços do diesel e da gasolina acima dos padrões internacionais Em novembro, agora há pressão interna do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir os preços.
Embora a Petrobras tenha alterado sua política de preços, abandonando o PPI como principal referência e dando mais peso aos custos internos, a empresa ainda sente o impacto das variações do câmbio e da cotação do petróleo, principalmente porque uma parte significativa do diesel e da gasolina consumidos no Brasil são importados.
O último reajuste de preços pela Petrobras aconteceu em 21 de outubro, com aumento para o diesel e redução para a gasolina. No caso do GLP, ou gás de cozinha, o último reajuste foi em julho. A companhia, sob a gestão de Jean Paul Prates, busca um equilíbrio entre as necessidades do mercado interno e as flutuações do mercado internacional.